A mesa já está posta
Os lugares estão vazios
Os nomes já estão escritos
E o porteiro a postos
Para celebrar
Já está tudo preparado
E o anfitrião
Conhece cada convidado
Há quem se sente à direita
Há quem à esquerda se coloque
Mas a geometria
Passou a ser diferente
Quem primeiro chega
É porque no caminho esteve perdido
Mas nunca sozinho
Há uma festa
Que nunca termina
Onde todos cantam
Ninguém desafina
Há uma festa
Que nunca termina
Onde todos cantam
Ninguém desafina
Os primeiros convidados
Rejeitaram a chamada
Procuraram casa
Onde não havia morada
Recusaram por direito
O que nunca lhes pertenceu
Porque não queriam dar o que tinham
A quem tudo lhes deu
A mesa já está posta
E os lugares cheios
E os nomes já gravados em corações novos
É quem nesta terra nunca teve teto
Que o Senhor da festa recebe de peito aberto
Há uma festa
Que nunca termina
Onde todos cantam
Ninguém desafina
Há uma festa
Que nunca termina
Onde todos cantam
Ninguém desafina
E para o pobre
Ainda há lugar à mesa
E para o coxo
Ainda há lugar à mesa
E para o órfão
Ainda há lugar à mesa
E para o preso
Ainda há lugar à mesa
E para o surdo
Ainda há lugar à mesa
E para o cego
Ainda há lugar à mesa
E para o fraco
Ainda há lugar à mesa
E pra quem chora
Ainda há lugar à mesa
Pra quem tem fome
Ainda há lugar à mesa
Pra quem tem sede
Ainda há lugar à mesa
E pra quem ouve esta canção
Há lugar à mesa
E pra quem ouve esta canção
Há lugar à mesa
E pra quem ouve esta canção
Há lugar à mesa
E pra quem ouve esta canção
Há lugar à mesa
E pra quem ouve esta canção
Há lugar à mesa
Há
Há lugar à mesa
Há
Há lugar à mesa
Há
Há lugar à mesa
Há
Há lugar à mesa
Há lugar, há lugar, há lugar
Há lugar, há lugar, há lugar
Há lugar, há lugar, há lugar
Há lugar, há lugar, há lugar