A língua morde
E come o dono de um cofre cheio
Afugenta o sono, o vento corre
Por todos perseguido, o homem morre
Sem saber ter vivido
Quando o lamento
Vem do aflito, consolação
Está reduzida a um mito, haja quem crê
E haja quem fartura tem como fome
Não há fartura que dure
Tudo aquilo que os meus olhos desejam
Não é seguro que seja o que eles vejam
Preferiria um convite à cegueira
Que poder ver e ser cego a vida inteira
Tudo aquilo que os meus olhos desejam
Não é seguro que seja o que eles vejam
Preferiria um convite à cegueira
Que poder ver e ser cego a vida inteira
Lábios demonstro
Metade do engano
Lábios no rosto
Espalhando afano
Lábios molhados
Saliva da vaidade
Lábios fechados
Procuração da idade
Lábios demonstro
Metade do engano
Lábios no rosto
Espalhando afano
Lábios molhados
Saliva da vaidade
Lábios fechados
Procuração da idade
Tudo aquilo que os meus olhos desejam
Não é seguro que seja o que eles vejam
Preferiria um convite à cegueira
Que poder ver e ser cego a vida inteira
Tudo aquilo que os meus olhos desejam
Não é seguro que seja o que eles vejam
Preferiria um convite à cegueira
Que poder ver e ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira
Que ser cego a vida inteira